quarta-feira, 27 de maio de 2009

Prefácio

Há quem diga que os prefácios dos livros são dispensáveis.

Não haveria necessidade dessas introduções analíticas prévias, que adiam o encontro com o conteúdo do livro, o qual prescindiria de uma apresentação introdutória.

Não sou radical quanto à conveniência de prefácios. Há deles que contribuem para um melhor conhecimento do autor e compreensão da sua obra, ao colocá-la no contexto em que foi escrita e dar pistas para um melhor aproveitamento da leitura.

Álvaro de Campos, heterônimo do poeta Fernando Pessoa, debita a tarefa de escrever prefácios à liberdade de pensamento de cada um.

É dele a frase o único prefácio de uma obra é o cérebro de quem o lê.

Um comentário:

Na ponta da língua disse...

Concordo com quem define que os prefácios são dispensáveis. Eu pouco os leio. Nós pedimos a alguém que os faça para nossos livros, mais pelo nome de quem os escreve. Prefácios escritos por celebridades dá status. Acho mesmo que pouca gente os lê. Quando quero saber mais sobre um autor busco aqueles críticos mais ferinos, produto, aliás,que tem rareado no mercado intelectual brasileiro e mais ainda cá na província. O que temos muito são agrados de uns para com outros.