sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Diabo



O diabo da Tasmânia existe. E está morrendo, em risco de desaparecer. O risco surgiu após o aparecimento de um câncer na boca e rosto dos animais que se transmite de um para outro pela mordida.

Registrado pela primeira vez em 1996, este câncer pôs o diabo, da Tasmânia, é bom que se diga, na lista de espécies em risco de extinção. Na última década sua população decresceu 60%.

O animal é hoje o maior marsupial carnívoro.

Saiba mais no Público, edição de 02/01/10

Saúde

Os jornais de Portugal denunciam que os hospitais estão descumprindo a lei que estabelece tempos de espera para consultas médicas.

Lei aprovada há um ano fixa prazos para a realização dos atendimentos em centros de saúde e hospitais. Estabelece também que os tempos de espera devam ser divulgados, o que não vem ocorrendo.

Pacientes descontentes têm se dirigido à Entidade Reguladora da Saúde (ERS) para apresentar queixas de demora na marcação de consultas.

A lei determina que as consultas ocorram entre 30 e 150 dias no máximo, a depender do caso e da unidade onde se der. Casos agudos devem ter resposta no dia.

Segundo a ERS o dispositivo legal esbarra diante de dificuldades práticas, entre elas a falta de profissionais.

Saiba mais no Diário de Notícias, edição de 03/01/10

Poesia

Podem zombar de nós aqueles que não gritam
nem choram nem imploram à vida a fé que já perderam.
Podem inventar teorias sobre a sorte
e rezar a um Deus qualquer como autômatos
da fria engrenagem desse tempo.
Podem ostentar nos dedos os anéis da indiferença
e usar em pleno peito os adereços inúteis da bondade.
Podem zombar de nós.
Trazemos a transgressão perto do sangue e um vendaval
na voz a bradar o sonho desmedido dos poetas

Graça Pires, Inútil, nº 1, Outubro de 2009- Lisboa.

Centro Cultural II

Os entendimentos com o Banco do Brasil para implantar um centro cultural em Fortaleza foram demorados e envolveram as relações do governo do estado com aquela instituição sob vários aspectos.

Foi de grande valia para aprovação do pleito pela diretoria do banco a ação do então diretor de recursos humanos, o Osvaldo, cearense, professor da UECE, o qual apoiou firmemente o nosso pleito.

Foi ele, aliás, que me comunicou por telefone a aprovação, pela diretoria, de nossa reivindicação. O centro deveria ser instalado na estação ferroviária João Felipe, na praça Castro Carreira, que estava sendo adquirida pelo governo do estado à Reffesa, em processo de liquidação.

Não obstante nossa boa vontade em ceder à prefeitura de Fortaleza parte da área e prédios que estavam sendo adquiridos pelo governo do estado a prefeitura cobrou valores tão elevados de impostos atrasados devidos pela Reffesa que inviabilizaram a transação.

Não houve interesse nenhum da prefeitura em discutir formas para superar o impasse por ela criado. Parecia haver mais interesse em inviabilizar o empreendimento.

Foi assim, graças à prefeitura de Fortaleza, que a cidade deixou de ganhar um centro cultural que a colocaria no circuito de grandes eventos artísticos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Centro Cultural

A Caixa Econômica anunciou o nome da empresa vencedora da concorrência para executar as obras de adaptação do edifício da antiga alfândega, onde funcionou até pouco tempo uma agência de penhores daquele instituição bancária.

Finalmente parece estar chegando ao fim uma longa novela que poderia ter sido muito mais breve não fora a falta de cooperação da Prefeitura de Fortaleza.

No governo empenhei-me para que a Caixa Econômica e o Banco do Brasil instalassem em nossa capital centros culturais nos moldes dos que mantêm em várias capitais do país.

Em relação à Caixa os entendimentos avançaram mais rápido tendo o então presidente Jorge Matoso logo apoiado nosso pleito.

A demora inicial decorreu da necessidade de se encontrar imóvel a ser locado nas imediações da agência a ser desativada e em condições de abrigar instalações que atendessem às exigências da carteira de penhores.

Afinal, com meu envolvimento pessoal, a questão foi solucionada e iniciadas as obras de adaptação do prédio, segundo as exigências da Caixa.

Vindo ao Ceará, em solenidade na agência da alfândega, o presidente Jorge Matoso apresentou a maquete do projeto do Centro elaborado por firma especializada ganhadora da licitação. A prefeita de Fortaleza, convidada, lá não apareceu.

Vencidas essas dificuldades, que não foram pequenas, pensava que daí por diante tudo seria mais fácil. Ledo engano.

A prefeitura demorou mais de um ano, após inúmeras exigências, para conceder o alvará de construção alegando a necessidade de maiores estudos para avaliar o impacto sobre o tráfego na área.

A discriminação da prefeitura ficou mais evidente quando se compara com o tratamento dado à construção do centro de eventos, equipamento muito mais complexo, e gerador de tráfego em região extremamente congestionada.

Apesar de ignorar requisitos legais indispensáveis a obra está andamento com a conivência da autoridade municipal.

Como se pode ver, dois pesos e duas medidas, na falta de espiríto público em ambos casos.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Nostalgia

De um panfleto de divulgação das atrações de uma discoteca colhido em um balcão qualquer da Baixa lisboeta :

A nostalgia é um prazer venenoso que nos embebeda de saudade e nos leva a dizer "antes é que era". O antes já foi e o que interessa é o que vamos fazer agora.

E conclui no verso com a palavra AHEAD em letras garrafais.

Será mesmo assim? Sem esse doce veneno muita poesia teria sido abortada...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Vincos

Vincos na face não doem, a menos que estejam também na alma.

Itinerário II


O Seminário da Prainha e igreja anexa estão sendo recuperados no bojo de um programa de financiamento da infraestrutura turística, em sua segunda fase, o Prodetur II.

O edifício que abrigou a tradicional instituição formadora de padres da igreja católica se encontrava degradado, a necessitar de uma restauração que lhe devolvesse a imponência que teve no passado.

Ao passar por aquele trecho da Avenida Monsenhor Tabosa vejo como foi acertada a decisão que tomei de incluir naquele programa a recuperação de edifícios históricos localizados no centro de nossa cidade, entre eles o Seminário que educou importante contingente de cearenses ao longo de sua existência.

Só com atenção se percebe no letreiro aberto no tapume da obra a origem de seu financiamento.

Itinerário


Quase todos os dias de regresso à casa passo em frente a dois prédios de relevância para a arquitetura e a história do Ceará. Refiro-me à Santa Casa (foto) e ao Seminário da Prainha.

Recuperado por iniciativa do governo do estado, o prédio ganhou um realce revelador da elegância e beleza da sua fachada inserida na histórica paisagem do Passeio Público.

Fico feliz de ter apoiado o funcionamento daquele hospital de tantos serviços prestados à pobreza de nosso estado e sempre precisado de recursos para cumprir sua humanitária missão.

Fui o primeiro governador a destinar uma verba regular, mensal, através do programa Saúde Mais Perto de Você, para o seu funcionamento, e de muitos outros hospitais na iminência de fecharem.

O General Torres de Melo e o Coronel Lívio França conhecem bem minha relação com a Santa Casa.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Clarice

Uma vida não se explica juntando episódios por ordem cronológica, e sim desordenando o que nunca chegou a acontecer.

Eu não sou tanto aquela que sobreviveu a um incêndio por ter adormecido com um cigarro entre os dedos, e sim a que nunca chegou a experimentar ópio num lupanar de Macau.