sábado, 17 de abril de 2010

Leitura II

Li tambem Escrevendo com a Alma, de Natalie Goldberg, editora Martins Fontes, que já vendeu mais de um milhão de exemplares e pretende ser um roteiro para auxiliar escritores.

Liberte o escritor que há em você, é a legenda da obra feita para orientar escritores.

O conselho básico, retido por mim, é que se aprende a escrever... escrevendo.

Leitura

Acabei de ler Eu sou Alice, de Melanie Benjamin, editora Planeta.

É uma combinação de realidade e ficção sobre a vida de Alice Liddell inspiradora do Reverendo Charles Lutwidge Dodgson, professor de matemática em Oxford, a escrever Alice no País das Maravilhas, entre 1862/1864, que continua a fascinar adultos e crianças.

Trata-se de obra muito interessante que reescreve a vida aventurosa de uma criança irriquieta, numa relação ambígua com o futuro Lewis Carroll, a preterição amorosa sofrida pela adolescente, o decurso de um casamento monótono, a perda dois filhos na guerra e a fama da anciã por trás do espelho da menina.

O livro surge no momento em que o filme de Tim Burton, uma adaptação livre do livro, estreia com grande sucesso de bilheteria em cinemas do mundo inteiro.

Carroll e suas obras, singulares, passíveis de tantas interpretações, seguem despertando interesse de leitores espalhados em todos paises, alguns reunidos em sociedades específicas dedicadas ao estudo do autor, seus escritos e sua vida.

Responsabilidade fiscal

Nelson Machado, secretário executivo do Ministério da Fazenda, ex ministro da Previdência, considera um tiro mortal mudar a lei de responsabilidade fiscal.

Disse textualmente, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, "acho que não deve reabrir permanentemente as renegociações. É um exagero". 

Saiba mais no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 14/04/10

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Deselegância

Portar as indefectíveis garrafas de plástico com água em eventos (políticos, religiosos, artísticos) e excursões turísticas.

Pode ser útil, mas elegante não é.

Companhia

Aos amigos que se preocupam porque ando sozinho na Avenida Beira-Mar: fiquem tranquilos.

Caminho em paz na companhia da minha consciência.

Políticos

Há políticos que quando contrariados agem como crianças de quem lhes tiram o pirulito.

Estaleiro

Pelo andar da carruagem o estaleiro foi para o estaleiro.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Violência sem fim - Até quando?


Os assassinatos ocorridos diariamente na Grande Fortaleza continuam desafiando as autoridades policiais. No último fim de semana, em um intervalo de 48 horas, entre a noite de sexta-feira (9) e o começo da noite de ontem foram anotados 14 homicídios. Entretanto, os números podem ser ainda maiores, com o incremento das ocorrências registradas pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), durante a noite de ontem e a madrugada de hoje. Os dados foram obtidos pela Reportagem no boletim eletrônico da Ciops e em alguns locais do crimes.

Leia aqui matéria completa publicada no jornal Diário do Nordeste, edição de 12/04/2010. 

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Os Estados e a universidade pública - Paulo Gabriel Soledade Nacif

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A rede de universidades federais, constituída a partir da década de 30, apresenta assimetrias significativas entre os Estados

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A REDE de universidades federais, constituída a partir da década de 1930, apresenta assimetrias significativas entre os Estados e é surpreendente que as elites e, particularmente, os representantes políticos tenham assistido à instalação desse sistema sem discussões que evidenciassem essa questão, cujas características não podem ser confundidas com as desigualdades regionais presentes no debate nacional desde o Brasil império.

Seguramente, os Estados que conquistaram vantagens na implantação de universidades federais nos seus territórios foram dotados de mecanismos de desenvolvimento que vão se revelar superiores a alguns outros que historicamente pautaram agendas nacionais de bancadas de deputados e senadores de todas as regiões. O Rio Grande do Sul recebe cerca de 8% do total do orçamento destinado às universidades federais, valor superior à soma dos percentuais destinados a Santa Catarina e Paraná.

No Sudeste, Minas Gerais possui uma invejável cobertura de campi universitários federais e, em São Paulo, o sistema público é mantido prioritariamente por recursos estaduais.

No Nordeste, Pernambuco e Paraíba estão entre os Estados da Federação mais beneficiados quando se analisa os investimentos da União na educação superior, notadamente em relação à população e ao PIB. Por outro lado, a Bahia possui um número de matrículas/mil habitantes quase cinco vezes menor do que o da Paraíba e duas vezes menor do que o de Pernambuco.

Por qualquer critério de análise, essas assimetrias se repetem em todas as regiões do país.

O poder que cada Estado possuiu em diferentes períodos e os interesses de suas elites certamente contribuíram para moldar o sistema universitário federal e estabelecer, adicionalmente, outras formas de financiamento da universidade pública.

A história ressalta o sentimento autonomista de personagens que lideraram a política baiana até o golpe militar de 1964. A criação da USP é relatada como uma emblemática ação da elite paulista em busca de fortalecimento no plano cultural. Nos Estados do Sul existem as universidades municipais, e a estrutura social permitiu a criação de universidades comunitárias que desafiam o conceito tradicional de educação pública superior.

Em alguns Estados, o reduzido aporte de recursos federais levou à criação de robustos sistemas estaduais. Mesmo considerando-se relevante a ação estadual no ensino superior, não é razoável supor que a sua presença resolve o problema das assimetrias da rede de universidades federais, na medida em que, no modelo atual, se penalizam exatamente os orçamentos dos Estados que mais investem no setor.

No caso de São Paulo, devido à potente economia do Estado, a reduzida presença da União poderia ser entendida como positiva cooperação paulista à Federação. No entanto, como exposto, mesmo excluindo o Estado bandeirante das análises, as desigualdades permanecem significativas.

As assimetrias na distribuição de recursos federais para a educação superior terão consequências ainda mais profundas no futuro, na medida em que os processos de desenvolvimento do Brasil e seus Estados se associam cada vez mais a fatores relacionados ao ensino superior, ressaltando-se: a ampliação da capacidade de criar e trabalhar com o conhecimento, com ênfase em tecnologia e inovação que contribuam com a agregação de valor aos produtos gerados nos processos socioeconômicos; o comprometimento da sociedade com a ampla formação de cidadãos qualificados e capazes de aprender continuamente ao longo da vida; formar e consolidar redes de confiança compartilhada entre as instituições e as pessoas nas diferentes regiões.

Não se pode esperar que um sistema social moldado há quase um século seja remodelado por decisões de médio prazo e, dada a complexidade dos conceitos envolvidos na questão, não será possível o estabelecimento de divisões orçamentárias rígidas.

No entanto, a sociedade brasileira pode incluir esse tema nos debates do Plano Nacional de Educação para o período 2011-2020, visando à busca de mecanismos de redução das profundas assimetrias aqui destacadas.

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PAULO GABRIEL SOLEDADE NACIF, 45, engenheiro agrônomo e doutor em solos, é reitor da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia).

* Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, edição de 05/04/2010.

Até quando?

Cinco homens foram assassinados nas ruas da Grande Fortaleza no período de apenas sete horas, entre a madrugada e o começo da manhã de ontem. Em todos os casos, os peritos e policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de execuções sumárias. Em um dos crimes, dois homens foram mortos com vários tiros de pistola e as vítimas estavam com as mãos amarradas para trás. Somente este ano, já são 459 homicídios registrados na Capital e RMF.

Clique aqui para ler a reportagem completa do Diário do Nordeste, edição de 08/04/2010.

As casas do silêncio - Janio de Freitas

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O jornalismo precisa de críticas, inclusive das de Lula, e não de cobranças de louvação quando o mais generoso é o silêncio

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AINDA QUE Lula diga de sua acusação à "má-fé da imprensa" que apenas "mostra o que [nela] está errado", como "um alertador" -contra algo que não quis ou não pode dizer-, o fato é que faz do seu direito de crítica uma evidência do erro de sua autoavaliação. Disso é exemplo perfeito a frase que lhe pareceu retratar a "má-fé": "Acabei de inaugurar 2.000 casas, não sai uma nota. Caiu um barraco, tem manchete. É uma predileção pela desgraça." Deveria, ao menos poderia, sentir-se envergonhado com a constatação de que suas 2.000 casas não valem, no jornalismo, um barraco soterrado.

O que são 2.000 casas? Os números oficiais do governo Lula reconhecem o deficit habitacional de 6 milhões de casas. Seriam 6 milhões de famílias -crianças, mães e pais, talvez avós- desprovidos do que possa ser chamado de casa, com exagero embora. O que são, diante desses milhões, 2.000 casinhas? Ainda mais para "ter manchete".

Mas o deficit habitacional no governo Lula não é de 6 milhões de casas. É maior, não se sabe quanto maior, não se sabe qual é. Desde que os núcleos de pobreza multiplicaram ao incontável as suas células, umas apoiadas nas outras, sobre as outras, debaixo das outras, e em cada um desses núcleos se instalaram núcleos de criminalidade armada, desde então a liberdade ou mesmo a possibilidade física de qualquer contagem se tornou inviável. E assim é pelo país todo.

O que são, diante disso, 2.000 casas? Ainda mais para merecer manchete. São um fato humilhante. Para honrar um governo e mostrar um presidente estadista, deveriam ser 2.000 por dia. Indústrias trabalhando para isso, milhões de empregos, crianças, mães, pais e talvez avós ganhando o chão sólido e o teto firme, o saneamento e a água corrente que até hoje não sabem se um dia alcançarão.

O olhar do jornalismo para um barraco arruinado não é predileção, não é atração. É repulsa, é pasmo, é emoção. Não do jornalismo: dos seres humanos. Dos que são leitores, espectadores, ouvintes -e, valei-os Senhor, jornalistas. É o valor da vida, não é o barraco. É o peso da tragédia, da avalanche e da enchente fatais, do desastre aéreo, do assassinato horrorizante.

A parte negativa que cabe ao jornalismo, neste capítulo, pode ser a da má medida, alguns vícios da facilidade e, até como especialidade de conhecido ramo, a exploração do sensacionalismo. Bom ou mau, o jornalismo supõe oferecer o que o público deseja ou, no mínimo, aceita. Nada de inocentar a imprensa.

Estamos fazendo no Brasil um jornalismo descuidado, cheio de fantasias ilusionistas, de enchimento de espaço a granel. Um jornalismo que precisa de muitas críticas. Inclusive das de Lula, mas que sejam críticas de fato, e não cobranças de louvação quando o mais generoso é o silêncio, porque o devido é a crítica.

* Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, edição de 26/03/2010.

Posse

Tomou posse, na Academia Brasileira de Letras, a professora Cleonice Berardinelli, eleita por 30 votos entre os 39 votantes.

Ela é professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Pontifícia Universidade Católica, e tida como a maior especialista brasileira em Luis de Camões e Fernando Pessoa.

A escolha da professora, que tem 84 anos, é uma homenagem à competência profissional e à produção acadêmica discreta e consistente.

Homenageia também intelectuais de idade avançada, muitas vezes obscurecidos por jovens, com obras incipientes, não consolidadas, personagens frequentes da imprensa e de publicações literárias.

Privatização

Podem dar outro nome mais vistoso, como concessão controlada, mas o que vai acontecer mesmo é a privatização do trem do Cariri. Quer dizer o trem não será vendido mas entregue a particulares para exploração.

Para sentir a diferença entre uma coisa e outra basta ver como funcionam os metrôs de São Paulo e Rio de Janeiro.

O primeiro, administrado por uma empresa do estado, opera de maneira eficiente. O do Rio, operado por uma empresa privada, apresenta problemas constantes no seu funcionamento.

É esperar para ver.

Saiba mais no jornal Diário do Nordeste, edição de 08/04/10

Indústria

1- Produção industrial retrocede 1% no Ceará
Redução foi verificada no mês de fevereiro, na comparação por janeiro

Em 7 dos 14 locais pesquisados houve recuo na produção sendo as maiores quedas no Rio Grande do Sul e Amazonas.

Saiba mais no jornal O Estado, edição de 08/04/10

2- Indústria
 Ceará lidera expansão de empregos no país
Os segmentos de calçados e couros deixaram o estado com o melhor desempenho industrial

O avanço foi de 8,5% a igual período do ano passado.

Saiba mais no jornal Diário do Nordeste, edição de 10/04/10