Podem zombar de nós aqueles que não gritam
nem choram nem imploram à vida a fé que já perderam.
Podem inventar teorias sobre a sorte
e rezar a um Deus qualquer como autômatos
da fria engrenagem desse tempo.
Podem ostentar nos dedos os anéis da indiferença
e usar em pleno peito os adereços inúteis da bondade.
Podem zombar de nós.
Trazemos a transgressão perto do sangue e um vendaval
na voz a bradar o sonho desmedido dos poetas
Graça Pires, Inútil, nº 1, Outubro de 2009- Lisboa.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
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