O melhor começo de livro, segundo Renato Lemos, no Jornal do Brasil, edição de 30/01/05:
Lolita, luz da minha vida. Labareda da minha carne. Minha alma, minha lama.
Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve no terceiro, contra os dentes. Lo-li-ta.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
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Um comentário:
Apontar o melhor começo de livro será como apontar o melhor romance, a melhor poesia, o maior escritor. Depende do ponto de vista que adotar; conterá uma subjetividade invencível.
Elias Canetti, o sofisticado autor de Auto de Fé, pareceu durante muito tempo um escritor desprezível segundo Thomas Mann.
Sartre, escolhido para receber o Nobel de Literatura, recusou-o solenemente, perguntando: Quem deu à Academia Sueca o direito de escolher quem é o melhor do ano? Como seja, se há bons começos, há também fins decepcionantes.
Na literatura e fora dela.
Ver agora a UECE, entre nós: a massada havida no último vestibular desonra toda aquela Instituição de ensino, atenta contra a própria competência da Comissão Coordenadora e da Reitoria.
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