segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Recomendado

No contexto das comemorações que assinalam os 200 anos da transferência da família real portuguesa para o Brasil, têm surgido vários livros, aqui e em Portugal, que abordam o tema sob diferentes ângulos.

Um deles, publicado em Portugal, pela Editora D. Quixote, é O último Távora, de autoria de José Norton. Narra a perseguição movida à família pelo Marquês de Pombal, que atribuía a ela, ao que parece, injustamente, a responsabilidade pelo atentado ao Rei D. José, de quem o Marquês era poderoso Primeiro Ministro. Após processo sumário, o Marquês e a Marquesa de Távora, que pertenciam à alta nobreza lusitana, entre outros membros da família, foram torturados e mortos de modo cruel, ficando algumas mulheres que restaram, confinadas em conventos durante muitos anos.

Uma criança foi poupada, apartada da mãe teve sua educação, paradoxalmente, curada por Pombal, que lhe acompanhava os passos. É das aventuras e desventuras desse Távora remanescente, inclusive como participante das guerras peninsulares, que trata o livro ao qual me reporto.

10 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

Breve nota, abaixo, dá conta da re núncia de FIDEL CASTRO em Cuba. ESTRANHAMENTE COINCIDENTES as capas de Carta Capital e de Veja desta semana. A mesma efígie de Fidel, de boné e barba, escurecida, ainda jogada contra um fundo mais negro, do qual só se distingue por um contorno de luz branca. Aumenta a coincidência que a mesma fotografia está também na Época, nas páginas internas. Veja acrescenta umas palavrinhas virulentas, vulgares, ignorantes da real situação de Cuba: “Já vai tarde”. Como se alguma grande revolução se tivesse operado na Ilha com a renúncia de Fidel Castro. Ali, como se sabe, tudo é como era e continuará a sê-lo por mais algum tempo. Alguma mudança virá econômica, primeiro; a política só mudará mais tarde. E tudo muito lentamente. O Comandante, no ocaso da existência, batido pela velhice e a doença, sai da cena comum; mas o governo não mudou.

Célio Ferreira Facó disse...

Matéria da revista Época, desta semana, dá conta de IRREGULARIDADES EM CONTRATOS da administração de Luizianne Lins. As mesmas teriam ocorrido em cadeia, em várias prefeituras do PT, por todo o país. A prefeita de Fortaleza, segundo os jornais locais, quer atribuir tudo a mera intriga da oposição. A julgar pelo vezo de jamais admitir nenhuma responsabilidade na suas ações desastrosas ou omissões, este Executivo Municipal será talvez um grande mártir incompreendido. Trata-se, como se sabe de gente muito ingênua, inábil, incapaz de contratar e fiscalizar, a bom termo, a construção de uns bancos de pau nas ruas da Cidade. Ou de fazer simples contas de somar por ocasião das festas populares. Consta também que o Grupo, com toda esta competência, pretende reeleger-se para novo mandato à frente da Prefeitura de Fortaleza.

Célio Ferreira Facó disse...

Nunca lemos o suficiente. É preciso que nos limitemos. Há, porém, livros capitais, sem cuja leitura não fica o mundo senão na completa escuridão do desconhecimento. Outro livro que ler para compreender as raízes do Poder no Brasil e como por aqui se estabeleceram, transplantadas, as relações havidas em Portugal pelo que tinham de mais conservador, é Os Donos Do Poder, de Raimundo Faoro. Vícios, fracassos, que depois, crescendo, quase inviabilizaram completamente a possibilidade de progresso político e social no Brasil até agora. Outro ponto que considerar é a própria tradição católica, como elemento dominador, aliado ao poder civil da Metrópole, interessado apenas em manter o status quo, pouco capaz de promover o desenvolvimento dos espíritos e das instituições. Muito diversa foi a colonização das metrópoles de países protestantes, como a Holanda, Inglaterra.

Célio Ferreira Facó disse...

ELEIÇÕES nos EUA. Parece que vai eleger-se Obama. A única dúvida é se seria ele ou Hillary, ambos do partido Democrata. São estes agora os únicos capazes de adiar o naufrágio da superpotência. Mas só por um pouco. No resto do mundo, os paises já não estão de todo atrelados aos movimentos imperiais daquela nação. A América do Sul, por exemplo, foi menos atingida pela crise recente. O que não ocorreria outrora. Para nós, aqui na periferia do mundo, resta saber como continuarão a tratar-nos os próximos presidentes americanos, que sempre tiveram grandes ambições de dominação – e até materiais, territoriais - sobre parte da nossa soberania. Como seja, não mudará se os próprios governos brasileiros não deixarem de lado a subserviência tradicional e tratarem de fortalecer a soberania nacional, em proveito dos interesses dos brasileiros.

Célio Ferreira Facó disse...

Neste ano de eleições municipais, o governo federal anuncia a intenção de visitar mais as áreas rurais e as cidades mais pobres do País. Lula, que não é dado a leituras, já anunciou que pretende assim conhecer os problemas do País. (Ele já não devia saber a todos de cor há muito tempo?) Lento nos programas de reforma agrária e depois de desestimular os movimentos sociais com o Bolsa-Família no interior, o governo pretende agora, na iminência de novas eleições, estimular as economias locais. Luz, por exemplo, falta a quase 12 milhões de pessoas; já deveria ter chegado a todas as zonas rurais. O bolsa-família, programa eleitoreiro, fruto de uma concepção equivocada de qual seja o verdadeiro papel do governo, deve continuar, segundo a intenção do Presidente. Já se viu que assim não progredimos nunca. Muitos livros deveria Lula ler para compreender os equívocos de seu governo. talvez jamais o faça.
A República, maltratada, continuará sofrendo a visão tacanha de representantes muito pouco comprometidos com o Povo.

Célio Ferreira Facó disse...

Eis o que devia mandar fazer Lula, se tivesse mais luzes. Planejamento estratégico, com alterações nas políticas monetária, cambial e fiscal. Juros e câmbio não podem ficar como estão. Desprezar o Bolsa Família e o PAC. Desenvolver o conceito de Nação, de interesse nacional. Recuperar a auto-estima dos brasileiros. Não prescindir do povo, dos empresários nacionais, dos trabalhadores nacionais. Por enquanto há uma elite social que não é voltada para o país. Esses últimos anos foram desanimadoramente estéreis; a nação inteira amarrada a um modelo de liberalização financeira terrível. Colocou-se a salvo da Receita todo grande capital. Abriu-se o flanco para a livre entrada e saída de dólares, colocando a política monetária refém dos humores do mercado internacional. Ruim para o país. Devia é alicerçar a produção em fatores internos, através da inclusão social, da educação, dos investimentos em inovação, das modernas formas de gestão. Estes os verdadeiros fins que perseguir em cada governo, sempre. Mas saber isto requer leituras, estudos, menos passeios, mais seriedade.

Anônimo disse...

Governador,

Realmente, quem já leu o livro do Raimundo Faoro "Os Donos do Poder" tem uma gama de conhecimentos e esclarecimentos importantes e entende o porquê do Brasil ser assim como é.

José de Freitas

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,
Estamos esperando que você defina sua candidatura a Prefeito de Fortaleza pois nós servidores municipais não aguentamos mais os desmandos de Luiziane e sua cambada de incompetentes e aproveitadores.Só você para dar mais dignidade ao Servidor Municipal.
LÚCIO PARA PREFEITO E PARA SALVAÇÃO DESSA FORTALEZA DEFORMADA PELA INCOMPETÊNCIA DESSA IRRESPONSÁVEL!!!

Anônimo disse...

Quem é José Norton, o autor do livro 'O Último Távora'?

José Norton disse...

Muito obrigado pelo seu comentário a "O Último Távora".
Se o André ou mais alguém quiser saber um pouco de mim pode ir a

http://desunastidade.blogspot.com/