O ano acabou! Mas a vida continua, é certo.
Os céticos dirão que a data não passa de uma convenção gregoriana, instituída por um papa, afim de regular a repartição do tempo, conferindo certa ordem ao funcionamento da sociedade.
É o fim do ano letivo, do exercício fiscal, tempo de balanços e apurações. Hora de depositar no cesto de promessas um elenco de bons propósitos, individuais e coletivos.
O silêncio da casa que dorme, e da cidade sem ritmo, sucedem ao barulho da alegria indexada da véspera, criam um clima de paz que induz à reflexão e aciona a memória.
A película que desfila aos olhos da recordação apresenta-nos a conta do passado. Deve e haver.
Traz-nos a imagem dos que já não estão aqui mas deixaram-nos lembranças inesquecíveis, e de alguns, que ainda estando aqui, já não nos importam.
Do que foi, e poderia não ter sido; do que poderia ter sido, e não foi. Do adiamento preguiçoso de decisões inevitáveis. De precipitações que cobraram seu preço.
Do medo, o medo da vida e suas partidas. Do sucesso profissional. Do aconchego da família e entes queridos, o bálsamo infalível para todas as dores.
O dealbar de um ano novo, é sempre, por menos que se queira, momento para revisões, celebração de compromissos, escolha de rumos, aposta em um homem melhor e um mundo mais justo.
Não será a ambição que deva mover as ações humanas, mas a esperança, por mais fugidia e esquiva que se venha a mostrar. Creia nisso.
Ainda quando não a realize ela terá sido útil para mante-lo a tona. Pior que não a encontrar é não possui-la.
Feliz ano novo, urbi et orbi !
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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