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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
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Em um fim de tarde, homem descansa em escadaria no pátio do colégio, no centro de São Paulo (Por Ivan Dias/AE), publicada no jornal O Estado de S. Paulo, em 13/12/09).
Simples exercícios de abdução: o homem é um zelador do colégio, acaba de receber o salário do mês com o 13º e sabe que não poderá, outra vez, dar o vestidinho novo da mulherzinha que o espera ou da filha asmática; sabe também que não poderá sequer resgatar toda a dívida na vendinha da esquina.
Ou será que o homem é um velho professor, um filósofo (A turma saiu de férias.) e ele avalia como foi pouco o aprendizado da maioria neste ano, sente que para muitos não foi senão um esforço cego em troca de uma certificação para o “Deus-Mercado” do neoliberalismo, agora triunfante em todo o planeta.
Ou será o homem um morador de rua; a polícia dava uma batida no quarteirão e ele, impaciente com a boçalidade habitual dos guardas, adentrou o pátio da escola para esperar.
Lá fora a tarde esfria, morre; a noite anuncia-se, chegará com certeza muito antes que venham as soluções para os seus problemas.
Filho de Maria Dolores Alcântara e Silva e do ex-Senador e ex-Governador do Estado do Ceará, José Waldemar Alcântara e Silva. Formei-me em Medicina pela Universidade Federal do Ceará em 1966. Casado com a escritora Beatriz Alcântara tenho dois filhos, Daniela e Leonardo.
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Simples exercícios de abdução: o homem é um zelador do colégio, acaba de receber o salário do mês com o 13º e sabe que não poderá, outra vez, dar o vestidinho novo da mulherzinha que o espera ou da filha asmática; sabe também que não poderá sequer resgatar toda a dívida na vendinha da esquina.
Ou será que o homem é um velho professor, um filósofo (A turma saiu de férias.) e ele avalia como foi pouco o aprendizado da maioria neste ano, sente que para muitos não foi senão um esforço cego em troca de uma certificação para o “Deus-Mercado” do neoliberalismo, agora triunfante em todo o planeta.
Ou será o homem um morador de rua; a polícia dava uma batida no quarteirão e ele, impaciente com a boçalidade habitual dos guardas, adentrou o pátio da escola para esperar.
Lá fora a tarde esfria, morre; a noite anuncia-se, chegará com certeza muito antes que venham as soluções para os seus problemas.
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