quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Xadrez


Faleceu na Islândia, onde vivia, Bobby Fischer, o enxadrista genial, que pôs fim a hegemonia russa no xadrez, na memorável partida disputada em Reykjavick, capital da Islândia, tendo, então, se sagrado campeão mundial ao derrotar Boris Spasski.
Vivíamos o auge da guerra fria. O evento foi aproveitado para apresentar os Estados Unidos como superior à União Soviética no plano intelectual.
Naquela época, cientistas, artistas e desportistas eram como militares envolvidos numa guerra, na qual os países litigantes na verdade não chegaram a disparar um só tiro entre si.
Herói nacional, Fischer, dono de uma personalidade difícil, viria se transformar de herói americano em um perseguido pelo Governo dos Estados Unidos, do qual se converteu num crítico contundente.
Filho de judia, virou anti-semita e saudou o ataque terrorista de 11 de setembro como uma "ótima notícia". Em julho de 2004, foi preso no Japão e ameaçado de extradição e prisão no seu País de origem. Salvou-o a Islândia, palco de sua maior glória, que lhe concedeu passaporte e onde passou a viver até falecer.
A notícia fez-me lembrar do Mequinho, o gênio brasileiro do xadrez, que por trás dos óculos de aros grossos, guardava a fisionomia triste das precocidades geniais.
Anos depois, se teve notícia dele com uma estranha doença neuromuscular e distúrbios psicológicos. Perdera-se o futuro brilhante que se anunciara para o jovem enxadrista.
Ele e Fischer foram vítimas da genialidade, do sucesso precoce e do estrelismo. Atropelados pela vida, não resistiram à tirania do lugar comum e da rotina.
Pagaram preço alto por serem gênios.

3 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

O governo dos Estados Unidos pode-se criticar por quase tudo. Há ali um complexo industrial-militar que a tudo e todos tenta submeter; pode facilmente livrar-se mesmo de qualquer cidadão que se torne inconveniente. Usa, no começo, de toda a sutileza; se precisar vai desde o completo descaso até a perseguição manifesta. Faz isto em seu território como no estrangeiro. Não por outro motivo empreende empreitadas, escaladas mundo afora. Quer garantir-se o suprimento de matérias primas, sobretudo energia e recursos minerais. Na guerra-fria, verdadeira guerra praticada longamente depois que a Europa, arrasada no conflito de 1939-1945, já não podia continuar os combates e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, tendo provado o seu tremendo poderio militar, impôs notável, doentio medo ao Grande Irmão do Norte, neste período não poucos cidadãos americanos foram perseguidos pelo seu governo, acusados de ausência de patriotismo e de conspiração contra a segurança nacional. Essa máquina de convencimento fazia então a sua propaganda com estrelas do cinema, da música, da literatura e até das universidades, todos chamados a pintar “bem bonita” a bandeira americana. Agora, ao tempo de ELEIÇÃO presidencial, aquela nação se debate entre a mesmice de candidatos que mal acenam para qualquer mudança no grande cenário, sem achar, propor soluções seguras para a CRISE evidente, econômica, que já se manifesta. O capitalismo, de tempos em tempos, devora-se a si mesmo, para um pouco recuperar-se, manter-se.

Célio Ferreira Facó disse...

Dá agora sinais de FRACASSO o império americano. Por ali talvez os democratas se esforcem por adiar o naufrágio, mas chegam tarde, a sorte está lançada. O próprio governo americano lança-se em empresas atrozes em busca de benefícios e economias materiais, como a invasão do Iraque. Gigantes como a China, a Índia, cujas economias crescem agora a taxas vigorosas, despertam. Contesta também o poderio americano a ação radical, terrorista, do fundamentalismo islâmico. Situação e problemas a exigir que o próximo presidente lhes fosse um grande, ousado estadista, como Lincoln, como Roosevelt – verdadeiros gigantes ante a tacanheza de visão e de atitudes de um George Bush.

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,
Tem um comentário no blog do Eliomar de Lima dizendo que a Luiziane Lins foi Brasília assinar o convênio para Fortaleza entrar no PRONASCI e também para pedir ao Lula que lhe nomei logo para um cargo Federal para que você fique fora da disputa pela prefeitura de Fortaleza pois segundo umas pesquisas feitas pelo pessoal da prefeita se você entrar nessa disputa ele não vai nem para o segundo turno.Essa estória tá rolando no blog do Eliomar.A turma da Luiziane está em polvorosa com essa conversa da sua candidatura.Acho que se você analisar bem,você poderá levar a melhor nessas eleições para prefeito de Fortaleza.E se a gente for pensar bem,a única coisa nova e boa no meio desses candidatos a prefeito que estão postos,só tem você com sua experiência testada e comprovada e sua reputação de homem público inatacável.Fortaleza precisa de um prefeito que tenha a capacidade administrativa que você tem.LÚCIO PREFEITO,FORTALEZA MERECE!!!